quarta-feira, 5 de agosto de 2009

REFORMA ORTOGRÁFICA

Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, assinado em Lisboa, 16/12/1990, aprovado no Brasil pelo Decreto Legislativo no 54, 18/04/1995, com assinatura do presidente Lula em 29/09/08, podendo sofrer pequenos ajustes até dez/2012।
A reforma é ortográfica refere-se à grafia das palavras. A pronúncia, crase, concordância, regência continuam como antes.
O que muda?
- Alfabeto: O alfabeto passa a ter 26 letras, pois foram acrescentadas as letras k, w e y.
Obs.: Na verdade, essas letras já estavam presentes em nosso cotidiano, por exemplo: nos nomes estrangeiros e seus derivados (Willian, Kaiser, darwinismo, show, playboy, etc), assim como nos símbolos das unidades de medida( Km, Kg, etc.).
- Trema: Totalmente abolido de nosso idioma. Permanece, apenas, nos nomes próprios e seus derivados.
Ex.: tranquilo, pinguim, cinquenta Müller, mülleriano.
- Acentuação:
Foi abolido o acento dos ditongos abertos ei e oi das palavras paroxítonas (palavras que têm acento tônico na penúltima sílaba).
Ex.: colmeia, ideia, epopeia, plateia, apoia (verbo apoiar), boia, joia, jiboia, etc.
Obs.: Essa regra diz respeito às paroxítonas. No caso das oxítonas, aquelas em que a última sílaba é tônica, as terminações éis, ói e óis permanecem acentuadas.
Ex.: pastéis, papéis, herói, lençóis, etc.
• Nas palavras paroxítonas, não se usa mais o acento agudo no i e no u tônicos quando vierem depois de um ditongo.
Ex.: baiuca, feiura, etc.
Obs.: Essa regra é para as paroxítonas. No caso das oxítonas, o acento permanece.
Ex.: tuiuiú, Piauí, etc.
• Os hiatos homogêneos (ee, oo) perderam seus acentos:
Ex.: abençoo, voo, zoo, veem, leem, etc.
• O acento diferencial dos pares homógrafos foi abolido.
Ex.: para (verbo) / para (preposição) ; pelo (verbo) / pelo (substantivo) ; polo (por + lo) / polo (substantivo).
Obs.: Constituem exceção os pares pôde/pode, pôr/por, bem como o plural das formas verbais de ter (tem/têm), vir (vem/vêm) e seus derivados.
Não mais se assinala com acento agudo o u tônico dos grupos gue, gui, que, qui. Assim, escrevemos atualmente: averigue, argui, oblique, etc.
Obs.: Quanto à conjugação de verbos como aguar, apaziguar, averiguar e similares, admite-se dupla possibilidade de grafia: águo/aguo, apazíguo/apaziguo, averiguo/averiguo.
- Hífen
Exigem hífen sempre:
• Prefixos seguidos de h.
Ex.: anti-higiênico, super-homem, micro-história, sobre-humano, etc.
Obs.: exceto subumano.
• Além, aquém, ex, pós, pré, pró, recém, sem, vice, etc.
Ex.: além-mar, aquém-muros, ex-presidente, pós-graduação, pré-primário, pró-reitor, recém-chegado, sem-terra, vice-presidente.
• Os prefixos terminados em vogal, seguidos por palavra começada pela mesma vogal.
Ex.: anti-inflamatório, auto-observação, contra-ataque, micro-ondas.
Obs.: exceto com o prefixo co, por exemplo, coordenador.
• Prefixo terminado por consoante seguido de palavra iniciada pela mesma consoante.
Ex.: hiper-rico, inter-racial, sub-bloco, super-resistente, super-romântico.
• Sub exige hífen com palavra iniciada por r.
Ex.: sub-raça, sub-região.
•Os sufixos de origem tupi-guarani: Açu, guaçu e mirim exigem hífen.
Ex.: amoré-guaçu, anajá-mirim, capim-açu.
Obs.: Nos prefixos terminados em vogal que se juntam a palavras começadas por r ou s duplicam-se o r e o s para manter a pronúncia.
Ex.: antirrábico, antirrugas, antissocial, biorritmo, contrassenso, infrassom, microssistema, minissaia, ultrassom, ultrarrigoroso, neossocialismo, etc.

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