quinta-feira, 11 de julho de 2013

Leiam, mais um artigo publicado pelo escritor Teônio Vieira!

Publicação: O Jornal de Hoje - Quarta - feira, 10/07/2013.
Teônio Vieira, empresário e colaborador. (teonio.vieira@hotmail.com).
Título: A servidão explícita ou disfarçada.

Quando agências da Caixa Econômica Federal foram invadidas por milhares de beneficiários do programa Bolsa Família, preocupados com os boatos sobre a extinção desse benefício, ficou evidente que o governo já deveria ter cogitado ações capazes de oferece meios para a profissionalização dessa gente, com a finalidade de incluí-los no mercado de trabalho e evitar a carência sem fim dessa contribuição incapaz de redimir a miséria. Sem que haja reação nesse sentido fica aberta a probabilidade de tratar-se de um projeto político para manter essa gente cativa. São 13 milhões de famílias cadastradas que representa de 45 a 50 milhões de votos a um custo anual de 24 bilhões de reais, servindo como massa de manobra política para garantir vitórias seguidas do PT. Caso não haja um bom desempenho da economia será ainda maior o sacrifício para a manutenção desse programa. Mesmo assim, o interesse político eleitoral é de tamanha importância que faz presumir a sua continuidade, sem mudanças. Pode não parecer, mas aliciar as classes sociais menos favorecidas é indecente e profundamente desonesto. E o Congresso?! Bem, “esse é inteiramente dominado pelo Poder Executivo”, na opinião do Ministro do STF Joaquim Barbosa e de uma parcela da população que ainda se interessa em acompanhar os atos políticos e seus efeitos na sociedade.

Na opinião dos especialistas, o Brasil e a maioria dos países latinos americanos aplicam programas de curta duração, abusam da improvisação, são protecionistas e estatizantes, quando deveriam apostar em políticas econômicas no longo prazo. Somente uma economia crescente apoiada nos investimentos da iniciativa privada, nacional e estrangeira, assegura a criação de novos empregos, distribuição de riqueza e, por conseguinte, a redução da pobreza. Nesses últimos dez anos, a política adotada pelo governo não conseguiu passar a nossa economia para um patamar mais alto. As causas apontadas são, dentre outros, a influência ideológica nas relações comerciais, preferencialmente alinhadas a países do mesmo viés político, sendo a maioria de importância insignificante.
Diante desse panorama, os investimentos em infraestrutura são imprescindíveis e urgentes: estradas, ferrovias, portos e aeroportos, combinados com a redução da quantidade de impostos e tarifas, simplificação da burocracia, tudo com a finalidade de reduzir os chamados custos Brasil e tornar os preços dos nossos produtos mais competitivos com os seus concorrentes similares no mercado interno e externo, colaborando para corrigir os saldos negativos nas contas públicas e nas transações com outros países. Por outro lado, com a inflação dando sinais de resistência, é imprescindível o governo reduzir os gastos com a máquina administrativa para evitar o endividamento acima do limite prudencial o que agravaria a situação, em detrimento das nossas conquistas, à custa de tantos sacrifícios. Nenhuma conjuntura justifica a servidão explícita ou disfarçada.

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