Em reunião na tarde de ontem com representantes do Sindicatos dos Trabalhadores em Educação Pública do Rio Grande do Norte (Sinte-RN), o secretário-chefe do Gabinete Civil, Paulo de Tarso Fernandes, anunciou implantação do piso nacional de R$ 890,00, a partir de junho, para jornada de 30 horas semanais, no nível médio.
Além disso, o governo ofereceu 34% de correção referente ao Plano de Cargos Carreiras e Rendimentos (PCCR), que seriam pagos de forma escalonada em quatro parcelas iguais de setembro a dezembro.
De acordo com a presidente do Sinte-RN, Fátima Cardoso, os professores consideraram a proposta “insuficiente” e, por isso, resolveram, por unanimidade, manter a paralisação.
Ela argumentou que o piso deveria estar sendo pago desde janeiro, quando entrou em vigor, mas o governo se nega a pagar a retroatividade.
Em relação ao escalonamento do PCCR, os professores consideraram o prazo proposto pelo governo para incluir toda a categoria “muito longo”. “O governo apresentou uma tabela com o escalonamento da carreira a partir de setembro e até dezembro. Apenas em dezembro é que todos os professores passariam a receber esse valor”, ponderou.
O governo afirmou que, com a concretização do piso nacional, professores que recebem R$ 664,33 passarão para R$ 890,00. Aqueles que recebem R$ 1.527,96 irão para R$ 2.047,58 ainda este ano. Já os educadores com remuneração atual de R$ 2.370,37 passarão a receber R$ 3.176,47.
O Sinte-RN reivindica a equiparação salarial dos professores com as demais categorias. “O governo não apresentou uma proposta reconhecendo a tabela de salários que queremos para igualar nosso salário à remuneração dos outros funcionários. Estamos pedindo R$ 1.530 para o nível médio e R$ 2.142 para o nível superior, com carga de 30 horas”.
Fátima Cardoso disse ainda que 4.164 funcionários que integram a categoria da educação não receberam nem a primeira parcela do PCCR deles. “O governo sequer deu previsão para fazer esse pagamento”.
A presidente do sindicato disse que a categoria considera que houve um avanço, porque o governo “estabeleceu outra linha de negociação”, mas disse que, como não há previsão para implementação da correção da tabela de salários, os docentes continuarão de braços cruzados.
Na próxima quarta-feira (8), os professores farão nova assembleia, pela manhã, para decidir o rumo da greve.
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