sábado, 7 de novembro de 2009

GENTE, HUMILDADE E CRÍTICA!

Nós que somos gente. O que seriamos sem humildade? Ter o direito a criticar e ser criticado, elogiar e ser elogiado, conversar e convencer e conversar e não convencer, o meu tempo e o seu tempo, o dia de esperar e não poder esperar, o dia de falar e o dia de escutar. São questionamentos que podemos ter em nosso meio de convivência social, aceitar ou não. Nós precisamos criticar não simplesmente por criticar, pela emoção, pelo impulso do momento, mas, sobretudo com consistência, com segurança dos pros e dos contras, porque todos nós temos a obrigação de respondermos pelo que falamos e fazemos, não é uma coisa qualquer, não sou apenas eu que tenho o direito de falar, criticar, fazer. Os outros também tem direitos iguais aos meus. São conceitos não só da pessoa humana, mas de convivência social, deve fazer parte da nossa civilização. Deve ser um instrumento de reflexão a cerca dos meus procedimentos, deve ser o momento para me colocar no lugar do outro e começar a refletir. Será que eu resolveria tudo isto perfeitamente? Será que eu gostaria de ser tratado assim? Será que este procedimento é construtivo para minha convivência social? Familiar? Política? Isto Preserva o que eu construí de mais sagrado durante uma vida inteira? Nós que somos gente, sentimos quando alguém bate de frente, cara a cara, quando se contraria de forma brutal, quando ferimos simplesmente por ferir, quando criticamos duramente sem piedade, quando se quer ajudar e não há compreensão, quando sentimos o peso quase exorbitante de palavras apenas que machucam, de posições que ferem pessoas, seres, espécies.
Nós seres humanos temos que compreender que nós podemos fazer muito machucando pouco, trabalhar muito no anonimato, se dar muito bem sem muito alarde, apenas deveremos escolher o modelo de convivência, apenas devemos escolher o caminho que devemos trilhar escolhendo apenas o lugar onde pousar. Pois do contrário poderemos sair bastante machucados se não tivermos o cuidado em ver as condições do caminho, o porquê do caminho, onde queremos chegar. Será que escolhi bem o caminho? Ou existe outro melhor?
São coisas da vida sedenta de egoísmo quando acho que apenas eu tenho razão e os outros nada. Onde apenas eu posso justificar alguma coisa e os outros nada. E se é assim porque não consigo viver só? Porque preciso de alguém para me apoiar nos meus objetivos? Porque tantas diferenças em tudo que existe e em todos os feitos da obra divina?Seja material ou espiritual. Seja gente, animais objetos ou coisas.
Portanto sonho com um mundo civilizado, onde a verdade seja realmente verdade, que o sonho seja um plano, que minhas palavras tenham sustentáculos, que meus atos sejam um alicerce de vida, que minhas emoções sejam alimentos para manter viva a esperança de viver melhor, onde o ser humano seja e se sinta realmente humano, fraterno, solidário, consciente e responsável pela transformação do mundo para uma vida melhor para todos. Que as pessoas não achem e nem se sintam verdadeira máquinas, tratores nem rolos compressores que pensam sempre que podem passar por cima dos outros a qualquer custo. Finalmente espero que as pessoas consumam como alimento humano de transformação a humildade.
Adevaldo da Silva Oliveira
Autor/2009

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